sexta-feira, 24 de agosto de 2012

TR - FINAL DE SEMANA


Faz algum tempo que não posto nada sobre TR, simplesmente por que a condição tem andado horrível. Mas durante essa semana tivemos dias muitos bons. A condição na minha opinião esteve favorável para XC. Ventos fortes e constantes durante todo o dia com atividade térmica intensa. A janela de voo nesta semana não foi longa, a condição demorava em arredondar e terminava cedo, mas com certeza renderia ótimos km. Considerando que a decolagem com este vento forte não é para todos, ( eu estou fora) mas para a galera da "open" era a semana de recorde.
Bom mas o melhor é que a previsão para sábado e domingo é boa, o vento diminuiu e a atividade térmica prevista é boa. Resumindo é a hora de colocar o LK para funcionar no Holux 61cs em uma condição decente- kkk . Esta é a tela do XC SKIES para domingo.
Abraço



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Enviado por: "Kurt Stoeterau" kurtindoasnuvens@yahoo.com.br   kurtindoasnuvens

Ter, 31 de Jul de 2012 9:22 am 



Foi bom o Scatolin ter nos passado um esclarecimento do Tio Dú, do porquê do reserva: TWIST

Mas antes de falar do twist...

Compartilho a opinião dos que viram a coisa começar com um grande colapso(para mim um front parcial, já que foi praticamente no centro da vela) com quem também viu isso.

Logo em seguida pareceu que a vela entrou em estol/parachutagem. Vale frisar que após um front(também chamado front-stall, pois a asa como que estola, pára de voar por deformação aerodinâmica), é possível ver que o paraca não volta a voar, talvez porque os freios foram acionados - ou durante o front, ou cedo demais, antes do paraca voltar a voar, ou em demasia. Aqui cabe uma ressalva: Freios em demasia não significa meter a mão lá em baixo. Depois de uma parachutagem configurada(o que parece ter ocorrido logo após o front) pouco freio é suficiente para não permitir o retorno da vela ao voo, para mantê-la em estol. "Pouco freio" pode ser excesso de freio em muitas situações.

Aquelas expressões "acionar os freios para segurar a vela, voar travadinho, ou mesmo acionar cerca de 20 % dos freios em turbulência "são danosas em situações como esta, e em várias outras, o que justamente impede a vela de voar, podendo até iniciar uma cascata após um estol inadvertido, involuntário.

O uso dos freios depende da análise de um contexto:
O que significa 20 % de freios? Significa 1/5 do seu curso total? 100% de freios significa os freios enterrados lá em baixo?
A resposta para as três perguntas é NÃO.

O que é 100% de freios? Depende do contexto.
Nesse sentido com pouco acionamento de freios os 100%(estol) podem ser facilmente atingidos em contextos diferentes da vela voando sobre a cebeça e com vento relativo padrão(38/40km/h).

A quantidade de freios se relaciona a um contexto.
Se 100% de freios significa um estol, então por exemplo, durante um grande pêndulo de recuo(onde o ângulo de ataque é maior, e onde o vento relativo está decrescendo), mesmo 20% de freios acionados pode resultar num estol. Ou seja, com um tímido acionamento dos freios(20% de um padrão pré-estabelecido - isso é falso, pois não é contextual), podem significar os 100% de freios num contexto diferenciado.

Portanto, após um estol configurado, por exemplo, logo após um front, mesmo os "20%" de freios acionados(e esse percentual só corresponde ao voo normal, com ângulo de ataque e vento relativo padrões), podem significar 100 % de freios.

Mas no caso do Tio Dú, se foi o twist que resultou na decisão pelo reserva, cabe mais uma ressalva:

Em situações mais apimentadas, manter as pernas esticadas na selete carenada - ou mesmo para quem gosta esticar as pernas no apoio de pé - é pedir para twistar.

Em situações de reações mais dinâmicas do parapente as pernas devem estar encolhidas ao máximo, justamente para minimizar as chances de twist.

Nos cursos sobre a água que ministro, chego inclusive a usar um truque que ajuda esses pilotos carenados, ou que gostam de voar com as pernas esticadas:
Consiste em encolher as pernas sob a selete, e imaginar que é preciso segurar dois cheques de R$100.000,00(um em cada perna) durante todos os exercícios...:-)
Percebi que depois que essa técnica psicológica foi adotada, ainda assim parece não ter surtido muito efeito, e a maioria dos pilotos acaba ficando R$200.000,00 mais pobres...tamanha impregnação no insconsciente está esse hábito de voar com as pernas esticadas...:-(

O vício de permanecer com as pernas esticadas em situações mais apimentadas e dinâmicas é um grande responsável pelo lançamento de reservas.

Consciência, diversão e encantamento nos voos !

Kurt W. Stoeterau
www.parapenteobediente.com