segunda-feira, 26 de março de 2012

Como calcular a base das nuvens

Como calcular a base das nuvens.
Para determinar a altura do teto é necessário obter o valor do “ponto de orvalho”. Temos de saber a temperatura e a humidade relativa. A intercepção destes valores na tabela resulta o ponto de orvalho. Este valor é subtraído ao valor da temperatura, o resultado é multiplicado por 120. Desta forma obtém-se o valor em metros do solo à base da nuvem (aproximadamente).
Temper. 10º 15º 20º 25º 30º 35º 40º
Humidade Relativa
100% 0 5 10 15 20 25 30

90% -1 3 8 13 18 23 28

80% -2 2 6 11 16 21 26 31
70% -4 0 5 10 14 19 23 28
60% -6 -2 2 7 11 17 21 26 30
50% -9 -4 0 5 9 14 18 23 28
40% -11 -8 -3 2 6 10 15 19 24
30% -10 -6 -3 2 6 10 15 19
20% -10 -7 -3 0 4 9 13

Exemplo:
Imagine que a temperatura está a 30 graus com uma humidade relativa de 50%. Observe a tabela do ponto de orvalho e obtém o valor de 18.
Seguidamente: 30º - 18 = 12, este valor multiplica-se por 120.
Resultado: 1440 metros do solo à base da nuvem.
Nota: Ao consultar as estações meteorológicas pode obter todos os elementos necessários para calcular o teto (ou base das nuvens).

Curva Polar e MacReady

Curva Polar e MacReady para leigos Icarovoolivre 

Após 18 anos de trabalho no FAA (como examinador de exames práticos p/ pilotos) concluí que muitos pilotos e instrutores não estão inteiramente "confortáveis" com a relação entre velocidade (em relação ao ar) e Curvas Polares. Se na forma gráfica os diagramas polares parecem muito "matemáticos", então provavelmente a explicação abaixo poderá ajudar."
Vamos supor que temos quatro planadores idênticos, de cores diferentes. Para o nosso teste iremos voá-los com as velocidade e taxa de afundamento conforme a seguinte tabela: (para cada velocidade que ele voa, ele tem uma taxa de afundamento correspondente)
Planador
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Velocidade 26 Knots 31 Knots 42 Knots 62 Knots
Taxa de queda 1.8 Knots 1.6 Knots 1.9 Knots 3.2 Knots

Se os quatro planadores começarem o vôo juntos, cada um com a velocidade indicada na tabela, o "comportamento" será como mostrado no desenho em cima. Após 1 minuto as posições relativas ao ponto de origem são apresentadas: O planador AZUL voou 2600 pés horizontalmente e desceu 180 pés. Da mesma forma o planador VERDE voou 3100 pés horizontalmente e desceu 160. O AMARELO foi 4200 p/ frente afundando 190 e, por fim, o VERMELHO foi 6200 p/ frente e afundando 320 pés.




Se agora nós ligarmos os planadores com uma suave linha e trocarmos a escala "distância" do gráfico por "velocidade" (AIRSPEED) obtemos a famosa Curva Polar do planador.
Então, o que é que nós podemos fazer com a Curva Polar ?
 Vamos supor que começamos o exercício com os planadores juntos a 320 pés acima do chão. Após todos tocarem o chão veremos o seguinte: O planador Vermelho é o primeiro a tocar o chão (na verdade caiu pois não o deixámos aterrar). O planador AMARELO foi o que chegou mais longe. O AZUL tocou o chão na mesma altura que o AMARELO, mas foi o planador que menos voou para a frente. O VERDE voou por mais tempo e aterrou no mesmo ponto que o VERMELHO.
 Os dois planadores, VERDE e AMARELO, representam pontos importantes da Curva Polar:
   VERDE tem a menor taxa de afundamento comparado com os outros. Manteve-se no ar por mais tempo mas não foi muito longe. Note que o caminho do planeio dele intercepta o ponto mais alto da Curva Polar. Neste ponto da curva nós encontramos a velocidade (31 KT) que tem a menor taxa de afundamento (1.6KT) para o planador.
 O planador AMARELO tem a melhor taxa de planeio de todos. Significa que ele voará mais longe que os outros para uma mesma perda de altitude. A linha traçada da origem (ponto 0,0) do gráfico que tangencia a curva polar nos dá, no ponto de tangência, a melhor velocidade em relação ao ar (41KT) que o planador teria que voar p/ ter o melhor planeio.

Se o ar estivesse sempre imóvel nós somente teriamos que obedecer à velocidade que daria a melhor relação de planeio. Mínimo afundamento (como o do planador VERDE) nos mantém no ar por mais tempo e melhor planeio (AMARELO) nos dá a maior distância. Felizmente o ar move-se na horizontal e vertical. Quando o ar está a subir mais rápido que a nossa taxa de afundamento então também subimos. Quando o ar esta decendente temos que achar a melhor velocidade para optimizar o nosso vôo.

Para ver como uma descendente afecta o vôo compare o planador VERMELHO e o AMARELO. Ambos entraram na massa de ar descendente (3 KT por minuto). A taxa de afundamento de ambos aumentará de acordo com a relação à real altitude. O AMARELO está agora afundando a 4.9kts (1.9 original + 3 da massa de ar). O VERMELHO está agora a 6.2 kts (3.2 + 3). Ambos entraram na massa na mesma altura. O objetivo é sair da descendente com a maior altura possível. Apesar do VERMELHO afundar mais rápido ele está a ir na horizontal muito mais rápido (62kts vs 42 kts).
O resultado é que o VERMELHO sai da descendente mais alto que o AMARELO. Em relação ao chão o planador VERMELHO foi o que teve a melhor relação de planeio.


Até agora você deve ter notado que a velocidade dos nossos planadores não foram escolhidos ao acaso. O VERDE voa na Velocidade de Afundamento Mínimo, o AMARELO no melhor planeio relativo à massa (também conhecido como melhor L/D lift/drag - sustentação / arrasto), o VERMELHO voa na melhor velocidade chamada de "Velocidade de Vôo" quando o planador está numa descendente de 3KS .
Vamos definir "Velocidade de Voo" como a velocidade que resulta no melhor planeio em relação ao chão para uma determinada direcão do vento (tanto horizontal e vertical).
 
 Nos nossos exemplos a Curva Polar mostrou a performance do planador relativa à massa de ar na qual ele estava voando. A curva foi válida somente para o caso do planador voando relativamente à massa de ar estacionária (parada). Para a curva ser válida em relação ao chão ela tem que ser deslocada na direção que a massa de ar se está a mover. No exemplo do ar descendente a 3kts devemos deslocar a curva p/ baixo (em 3 kts). Veja no desenho ao lado.
Para determinar a velocidade para qualquer condição desenhámos a linha desde a origem até o ponto de tangência. A velocidade indicada no ponto de tangência seria a mais indicada na situação (neste exemplo 62 kts). Ficou surpreso?

Se você estivesse a tentar determinar a Velocidade de Vôo através de uma curva polar num pedaço de papel você encontraria o inconveniente de ter que redesenhar a curva para cada velocidade da descendente. Aqui vai uma sugestão:
 
Um jeito mais fácil para atingir o mesmo objectivo é redesenhar o gráfico original adicionando a velocidade da descendente na parte superior do eixo (escala) do afundamento.

Nós podemos usar a mesma técnica para determinar a Velocidade de Voo para qualquer direção do vento.
 Aqui vai uma generalização: Se o ar estiver a descer acrescenta-se a razão de descida na escala superior do AIR SINK. Estando numa ascendente subtrai-se a velocidade da ascendente da taxa de afundamento da asa. Com vento de frente (ou uma componete do vento) desloca-se o ponto de origem da recta para a direita na escala AIRSPEED. Se o vento estiver de cauda (ou uma componente) desloca-se o ponto de origem da recta para a esquerda na escala AIRSPEED.
Nota: As velocidades encontradas são somente válidas para vôos rectos. Estando a asa em curva outros fatores se aplicam.
Nós podemos combinar as componentes vertical e horizontal do vento. O exemplo mostra como combinar vento de frente com descendente.

"Você deve estar a pensar, "Isto tudo é muito interessante mas como usar este conhecimentos em vôo? Eu não vou ficar a carregar a Curva Polar e desenhar tangentes no ar para cada condição que eu encontrar". Você esta certo. As informações aqui apresentadas devem ser traduzidas para um uso real."
Nota: O Jim a seguir dá algumas dicas de como utilizar o Variômetro para chegar ao resultado desejado. Para planadores sei que a coisa fica fácil na prática mas para Parapente a coisa fica complicada. Meu vário, por exemplo, é um Ball. Não dá para fazer o que ele sugere. Eu ja vi um instrumento ai no Brasil que combina vário e velocímetro que permite você entrar com a curva polar da sua asa.
Voltando ao artigo do Jim:
variômetro e o velocímetro te darão o necessário. O processo usado para determinar a "Velocidade de Vôo" (vou chama-la de VV) nos da a taxa de descida da massa de ar e do planador dentro da massa de ar. Este total é o valor dado pelo variômetro. Poderiamos selecionar algumas VV e colá-las no painel adjacente ao variômetro.
O melhor seria adaptar um anel móvel-rotativo ao redor do variômetro (ver figura). Então quando o vario aponta para qualquer taxa de descida ele também apontará para a correspondente VV. O nosso exemplo mostra as VV's de 42 a 63 para 3kt de afundamento.

Se voce apenas quer saber o suficiente sobre velocidade e performance para passar no exame prático do FAA então voce poderia parar por aqui. O FAA quer que voce entenda os conceitos bem o suficiente para não fazer coisas estúpidas como voar cabrado p/ "esticar" seu voo quando, na verdade, voce deveria estar é picando devido a situação.
Apesar da Velocidade de Voo que tivemos discutido ate agora ser uma das coisas que lhe fará voar melhor, a VV é muito lenta para a maioria das competições de cross-country. Nestes casos estamos interessados em cobrir pilões no menor tempo possivel. Isso indroduz uma nova definição de Velocidade de Voo.
O crédito por desenvolver este conceito de VV é dado a Paul MacCready, e o anel movel adicionado ao variômetro discutido anteriormente é chamado MacCready speed ring. Voos cross-country utilizam térmicas. MacCready notou que a VV entre térmicas deveria ser baseada na força das térmicas. Se as térmicas estão fortes voce pode voar mais rápido que a VV discutida aqui entre elas. Voce perderá mais altitude mas compensará com a rápida subida na próxima termica. Assim voce alcançará o topo da térmica mais cedo que voce teria em menor velocidade.

Nós podemos analizar a VV deste caso usando a mesma técnica descrita neste artigo. Exceto que somaremos a taxa de subida que esperamos ter na próxima térmica na curva polar.
Para ilustrar tal similaridade assumimos que a taxa de subida de 3kts e vemos que o gráfico fica identico do que tinha 3kts de afundamento. Ele mostra qua a VV entre as térmicas no ar parado é de 62 kts se voce espera subir a 3 kts na próxima térmica. O beneficio é que na media do cross-country, incluindo o tempo rodando na termal, pode ser estimado pelo ponto na escala AIRSPEED onde a linha tangente cruza a escala.

Agora o anel de "velocidades" do variômetro pode ser rodado. Se nós estimamos que teremos uma razão de subida de 3kts na próxima térmica então ajustamos a flecha no anel para 3kts. Note que a VV tambem move para maior velocidade para todas taxas de afundamento. Neste exemplo a VV para vento parado é de 62 kts, como o gráfico previsto. A taxa de afundamento no ar parado nesta velocidade é de 3.2kts, como tem sido para o planador vermelho nestas analises.

 Existe uma Curva Polar diferente para cada peso final de um mesmo planador. Com o aumento do peso a curva se move para baixo e para a direita. Se torna um pouquinho mais plana mas mantém aproximadamente o mesmo formato. O mais pesado voara mais rapido e afundara mais, porém na mesma razão que o mais leve. O L/D (melhor planeio) no mais pesado sera atingido numa velocidade maior do que o mais leve.
Esta é a razão pela qual alguns pilotos levam lastro em competições quando as térmicas estão fortes.

Fonte: Tradução do texto original de Jim D. Burch




quinta-feira, 8 de março de 2012

Clínica de Xc em TR 2a Edição - Ronnie Koerich

Nesse final de semana será realizada em TR a 2a edição da Clinica de XC com o Ronnie. Nessa segunda edição a programação sofreu alguns ajustes e melhorias com a experiência da edição anterior.
A previsão esta ótima e essa semana alguns pilotos de asa estão fazendo voos de mais 100 km. Então faca nos dentes para fazer melhor voo da temporada neste final de semana.
Como o espírito da clinica é ter a atenção especial e individual, sempre procuramos manter poucas vagas. E infelizmente ou felizmente não temos mais vagas para esse edição.

Abraço

quinta-feira, 1 de março de 2012

VOANDO SEM MOTOR

Retirado do Blog  - VOANDO SEM MOTOR 
Thomas Milko 
 
" Dia do vento contra.   

Estava decidido a decolar mais cedo, nos últimos dias sempre tive certo receio de decolar na hora “chave” dia.  E porque isso ? Bom, no segundo dia de Valadares não interpretei direito as diversas indicações de vento no topo da montanha, e com uma brisa agradável, decolei levando pequenas fechadas dos 2 lados, com muita correção tudo deu certo, mas não havia entendido o que estava acontecendo.  No dia seguinte, a Monica Wenna e o instrutor Húngaro (representante SOL no país homônimo) me explicaram que eu decolara justamente na hora de um pequeno dust devil.  

A decolagem sempre foi um ponto fraco na minha pilotagem de parapente, mas vejo grande progresso na melhoria desta habilidade.  Conforme as palavras do nosso amigo Martin Dealmere (o “Argentino” / Belga), “una pena que Valadares que es tan bonito de vôo tem a decolagem meio chata.   Aqui o vento varia bastante, e muitas vezes é necessário aguardar muito minutos debaixo do sol escaldante para decolar.

Também muito interessante é a primeira subida, sempre crítica, pois a montanha “canaliza” as térmicas de tal forma que os pilotos tem dificuldades de encontrar térmicas próximo a decolagem.  Claro que se formos encarar o paredão de pedra, marca registrada do Ibituruna, tudo sobe, mas aí a subida é forte demais, com risco de colapso da vela invertebrada, portanto local que pessoalmente evito até as 4 da tarde pelo menos.

O voo do ultimo dia de fevereiro de 2012 foi particularmente interessante, pois o vento estava de través em relação a rota, e até mesmo rodando um pouco para contra, em relação a rota “padrão” que é sobre a rodovia BR116.  Minha decolagem foi para a rampa sul, no horário mais adiantado, 12:20, mas não quis rodar próximo a montanha e novamente perdi um pouco de altura.  Apesar de rodar na borda do “degrau” consegui sustentar um pouco até ganhar um pouco de altura mas estava voando a 200m do relevo com razoável turbulência, por causa do desconforto e ausência de rápida subida, lá fui para o Sudoeste, em busca de uma térmica salvadora.  Fiquei bem baixo, a 250m do chão mas sustentava bem, e cozinhei um pouco numa ascensão bem fraca, e derrepente alguns urubus voando próximo, encaixei bem no meio deles, e consegui subir bem.  Valeu a pena ter a paciência de esperar a nova bolha subir.   O Marcelo Mangonlin que estava do meu lado com seu Ellus teve menos paciência e foi para cima da cidade, e depois de ralar um pouco também começou a subir bem.

Mas o dia estava um pouco diferente,  parapente não avançava muito, vento contra, fui aos poucos “sendo empurrado” para o Rio Doce, tudo meio turbulento, via parapentes bem mais altos que eu e outros “pregando” (termo usado para quem pousa no início do voo próximo a montanha), e não conseguia centrar bem as térmicas.  Seria um gradiente de vento ?  Não sei, mas foi fato que quase desisti de sair para o “cross”(navegação), pois não subia, e o vento me empurrava para cima do aeroporto, que é zona proibida de voo. 

Escutando no rádio o avanço da turma de voo, Sérgio Pontremolez e Papão (Marcelo Giacomo) me animei a insistir um pouco mais e aos poucos o progresso veio.

Uma hora depois do início do boa quase pousei fiquei novamente muito baixo, menos de 150m do terreno, de longe vi 2 parapentes rodando na beira da rodovia, e como não pegava nada, fui até lá, sem subir tão bem como eles fui “sobrevivendo” e aos poucos consegui subir novamente.   Foram 20 minutos de luta para não ir para o chão, engatando numa forte térmica que me jogou de volta para o alto. A partir deste momento o voo começou a funcionar melhor, voei sempre mais alto com nuvens mais bonitas mostrando o caminho.  

Alguns parapente aqui e ali, mas no geral voei maior parte do tempo sozinho, escolhendo o próprio caminho, e sempre tentando voltar para a segurança de voar em cima da BR116, resgate mais fácil em caso de pouso.  O vento lateral dificultava “voltar” para a BR, mas aos poucos ele foi virando de direção ficando mais de través que contra.   Na região de Engenheiro Caldas, já voava paralelo a rodovia e indo para o lado das grandes pedras, fontes geradoras de boas térmicas.   No rádio escutava de tempos em tempos os amigos com algumas dificuldades de progredir no voo também.  Eles desviaram um pouco para a direita e não conseguiam mais retornar para o eixo da rodovia.  No final resolveram ir para a Ipatinga rota bem mais a direita do que o eixo da rodovia principal rumo a Caratinga.

O parapente vermelho (Ozone Delta) que me acompanhou durante um trecho do voo desviou totalmente a esquerda, eu preferi uma rota mais direta para o objetivo que era a cidade de Caratinga.   Tive um pouco mais de sucesso na escolha, especialmente na subida da serra para Dom Cavati no través de Tarumirim, onde subi com mais de 3m/s integrado, parecia até mais forte, mas esse é o lado psicológico, o que vale mesmo é a média da subida. 
Fui para o lado direito da rota caçar nuvens bonitas após D Cavati, desvio que funcionou, mas pensando melhor depois, talvez teria alcançado maior distância se tivesse insistido um pouco mais na rota (decisão que parapente vermelho tomou).  Fiquei baixo no meio do nada, mas consegui a ultima boa térmica do dia debaixo de uma grande nuvem.  Aí rumo a escolha do pouso, estava em cima da rodovia de asfalto, Caratinga – Vargem Alegre, paralela a BR116, 7km a direita,  região com poucas opções de pouso, muitos morros, cafezais e “plantação” de fios elétricos.   Resolvei retornar um pouco para pousar num topo de marro, um antigo cafezal que virou pasto, local ideal para pouso com o capim alto e verdejante.

Pouso macio e tranquilo, as 17:29 da tarde, com o sol já bem baixo, dobrei todo o equipamento e rumei com a mochila de 20kg nas costas para a rodovia, e depois de uns 20 minutos caminhando, 4 cercas de arame farpado, cheguei a beira do asfalto.  Logicamente o celular não tinha sinal, mas o SPOT (localizador GPS/comunicador satelital) já havia enviado SMS para o Reinaldo nosso excelente “resgateiro”.  Local muito vazia, e já no lusco fusco do por do sol, descansei um pouco da caminhada montanha abaixo, e comecei a caminhar na beira da rodovia para o Norte, em direção da rodovia principal.  Antes do pouso havia visto algumas edificações, mas como o pasto onde pousei era garantido pousei um pouco longe das casas.  Caminhei durante uns 45min, chamando sem sucesso no rádio o resgate.  E eis que surge um pequeno bar ao lado da rodovia.  Com um celular ligado a uma antena gigante, tentamos contato sem sucesso, então aguardei alguns minutos a mais.  Ao redor das 1930 o resgate chegou.
Foi meu voo de parapente mais longo, 5h10 com 92km voados em linha reta ou 99.9km distância OLC , vôo interessantíssimo.  E graças ao SPOT o resgate foi rápido e certeiro.  O Resgate andou 450km no dia !!! Entre  2 subidas para a rampa e o resgate dos outros 3 pilotos da nossa turma.   As 21 chegamos de volta a Valadares com vontade de um bom jantar, novamente na Dna Conceição, no GV Mall :-)

Foi mais um ótimo dia de voo ! "
Thomas Milko  

146 km em Terra Rica !



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