Nesse final de semana o tempo estava instável. Hora ficava nublado hora chovia, e logo em seguida fazia sol. Então domingo resolvemos não arriscar e ir para TR. Daí fomos para Mandaguari. Chegamos à decolagem la pelas 9:30, vento NE-E, a uns 25 km. Decolei primeiro, ( o Ewerthon teve uma linha enrolada, e demorou alguns minutos para resolver). Vôo bem legal, com boa atividade térmica, que rendeu boas subidas. Subimos o suficiente para ensaiarmos uma saída para o Morro do Toninho que fica atrás a direita da nossa decolagem. A condição térmica estava boa (para o horário) e tendia a melhorar muito. Porem o vento acelerou demais e tivemos de pousar. Mais 2h na CIV. Abraço
Saiu ontem o resultado da prova para Radioamador. Como nos utilizamos o radio para comunicação com o resgate e com outros pilotos em vôo, achei o que o melhor era fazer a prova e regularizar a situação. Alem de existir outras vantagens de se ter a habilitação de radioamador (indicativo), como poder acionar bombeiros, policia e outros serviços pelo radio, que são coisas úteis para quem voa.
Então no dia da prova, não tinha estudado nada, então resolvi não ir. Daí o Comandante Drº Marcelo (sim eu já chamava ele de Drº na época da faculdade, agora alem de Drº é piloto, piloto mesmo de avião e tal) que ia junto comigo me disse: “Vamos, que na pior das hipótese nos aproveitamos e batemos um papo na estrada (a prova foi em Londrina). Bom ai me animei com a idéia de poder ir batendo papo com o Marcelo,peguei o material dei uma lida (uma só) e fui.
Para aprovação na prova da ANATEL, é necessário acertar no mínimo 70% da prova. São 40 questões, dividido em duas matérias: Técnica e Ética Operacional e Legislação de Telecomunicações. Resultado da prova, Marcelo gabaritou, eu acertei 90% em uma e 75% na outra.
Moral da história: Deveria ter parado no caminho e jogado na mega-sena. Hehehe
Enquanto a condição não melhora para ir para Terra Rica fazer um VÔO (decente), vamos pregando em Mandaguari. Que é bem melhor que ficar vendo vídeo do vôo dos outros - hahaha
Nesse final de semana como não teve vôo (condição esta horrivel) Então tive tempo de ler novamente o livro “Morderno vôo de distancia em planadores” de F. W. Weinholtz. Daí segue uma parte do capitulo que explica de forma simples como funciona o "gatilho"das termicas.
“De todos os livros mais antigos de vôo a vela, conhecemos o famoso quadrado: campo arado = ascendente, floresta = descendente, cidade = ascendente, lago = descendente, etc.
Quantos volovelistas já tiveram a amarga experiência de ficar circulando sobre uma cidade só encontrando descendentes e então planeio para pouso encontrar sobre uma região de floresta a térmica do dia?
Tomemos para explicação o exemplo de um cano de água em um porão úmido. As gotas ficam penduradas em filas. Pelo seu peso estas deveriam cair, mas a tensão superficial as mantêm agrupadas. Se tocarmos com o dedo uma delas, a água começara a escorrer de ambos os lados, concentrando-se no lugar tocando e escorre para o chão. Comportamento semelhante ocorre com a térmica.
Pela irradiação solar aquece-se sobre a superfície terrestre uma grande massa de ar, que com a continuação da irradiação cresce continuamente. Como essa massa é muito mais leve que o ar frio sobre ela, deveria, em principio, subir, mas a tensão superficial a prende ao solo. O vento desloca esse bolsão sobre a superfície e só um impulso em algum ponto do percurso dessa massa é que inicia o deslocamento ascendente. A massa de ar quente desloca-se com a forma de um cilindro até interceptar uma isoterma ou uma inversão . O cilindro ou tubo é alimentado pelo bolsão até a extinção deste.
A forma de impulso pode ser variada. Então é possível que um aquecimento muito intenso do ar, sobre pedreiras ou complexos industriais, por exemplo, consiga perfurar o bolsão , liberando assim a ascendente do ar quente. Mas também obstáculos, como encostas ou fileiras de arvores, contra as quais o ar quente é impulsionado pelo vento, podem desprender a térmica. As vezes são turbulências geradas por movimento, por exemplo a passagem de um trem ou de automóvel, que iniciam um tubo térmico.
Observe-se também que com o aumento da intensidade do vento de superfície há um aumento de impulsos e, portanto da quantidade de térmicas, os bolsões entretanto, não atingem as mesmas dimensões como com vento calmo. “É fato conhecido também que um mesmo bolsão pode ser varias térmicas”.
Impressionante história da piloto Ewa Wisnierska, que foi sugada por um CB, levada a 10.000 metros de altitude e, por incrível que pareca, sobreviveu! Este vídeo não é tão recente mas merece ficar registrado. Ah, também não tem legenda, mas dá pra entender o ocorrido, sem problemas.